quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Amante .

Ser como um espectro,
que persuade e hipnotiza,
ludibriando os olhos
a quem o curioso visa.
Perseguição da alma,
foco de um pecado fatal,
atrai os tolos, os fracos,
aí a vontade rege-se mal.
Feitiço impiedoso e carnal,
Grita a tua real razão.
Porque a palavra em ti
vale mais do que a acção.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Quinteto do Desabafo

A família perpetua.
A amizade perdura.
A inimizade surge e some.
O conhecimento é em vão.
E os amores? Esses são ilusão.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Escrita

Hoje apetece-me escrever. Com tinta, com carvão, com cera, com cal... Com tudo.
A minha vontade emana do interior como um ovo a eclodir, cuja racha levará à nascença de um novo ser.
Não sei, apetece-me escrever. Esta força interior, força de mil e um soldados, quer libertar-se. E assim o vai fazendo, aos poucos, tomando posse da minha razão.
Mas com tanta persistência, tanta determinação para que a mão se mexa e convoque, sem controlo e intenção, me sacode com um saco de temas-resposta a uma pergunta comum:
                                     Sobre o quê escrever?
Uma excelente pergunta numa situação destas. Sobre o que irei eu escrever?
Poderia escrever cânticos românticos, peças teatrais, poemas sentimentais ou alegóricos... Ou até descrever situações, elogiar e criticar personalidades, criar uma nova ideologia... Enfim, as possibilidades rondam a casa do infinito.
Não sei. Que hei-de escrever? Se pego num papel branco, o rabisco me guiará a um outro e mais outro, de onde sairá um "desenho". Mas sobre o quê "desenhar"?
Poderia "desenhar" tudo o possível e mais. Entre a minha vontade imprópria de escrivã e a futura obra amadora, reside a pequena folha de papel. Uma misera e simples, no entanto, complexa e confusa folha de papel.
Não sei sobre o que escrever.
Tudo me passa pela cabeça; tudo me vem à tona. Porém, não consigo definir e restringir uma só escolha, uma só decisão.
Chiça! Quem diria que a escrita poderia ser tão complicada! Ando às voltas numa batalha constante em busca do meu tema-principal e nada feito. Nesta batalha ninguém parece ganhar, com tantos gostos e tantos interesses por onde escolher. Nem mesmo os favoritos se parecem decidir acerca de quem será transposto para o papel. O que fazer?!
Não sei! Não sei o que fazer! Não sei!
E agora? Como fazer a escolha? Como interceptar o meu figurino?
Não aguento mais tanta confusão e indecisão!

E com isto, desisti de escrever escrevendo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Resumos

Tanto se ouve falar do encanto,
                 da beleza e do espanto
                          que é ter-te por perto.

Tanto se sente acreditar,
                 se diz e se ouve falar
                          desse teu famoso cantar.

Tanto se chama por ti,
                 ao pôr-do-sol, ao luar,
                          tanto que se ouve chamar

Tanto se discute a aurora que evocas,
                 o corpo que mostras,
                          o profundo em que tocas.

Tanto se pede perdão
                pelo sofrimento em vão.
                          Jamais o sentido fora magoar.

Tanto se duvida da tua magia,
               paixão, alegria,
                         quando a não se pode evidenciar.

Tanto se quer mas se perde,
              não há equilíbrio, não há harmonia.
                         Porém, um dia, existiu alegria.

        Quem és?
                         Que queres de mim?
                                                         "Uma presença e um acreditar."

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Matemática Simpática


"E a nossa equação vai-nos dar um número MUUUUUITOOO simpático!"

Boas explicações? Checked.
Boa forma de ensino? Checked.
Bons materiais de apoio? Checked.
Professora? For Checking.
Linguagem utilizada? ERROR.

Aulas de Matemática de noventa minutos capazes de estoirar o cérebro a um adolescente. Não pela matéria, mas sim pela palavra!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Recreation

Moonlight fills the gaps off darkness surrounding me
as the stars rise from the dead sky giving it the vivacity,
the capacity to alternate my feeling shadow.
Caught by a spell of encantation
drown into a wheel of sensation,
pale, white light takes me into a deep,
sweet moment
where the angels anounce the creation
using my imagination
of a single pair
so diferent.
Not all dependence needs a pair.
But then, I need you.
In every drop of rain
I see you.
And ignorance takes me,
suffering blames me
for having this need,
this feeling where I can read:
"I miss you".

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

.

Odeio a aplicação do Facebook e as frases verdadeiras que ela me dá.
I rest my case.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Human vs. Dancers

"Are we human or are we dancers?"
Francamente, diria ambos.
Em momentos de lógica, tratamento científico e trabalho, diria que somos humanos. Com isto quero dizer que somos seres vivos que se sub-agrupam como mamíferos bípedes e racionais. O extremo da cadeia alimentar que procura a resposta a toda a pergunta possível.
Mas nos períodos de tempo em que estamos sozinhos, ou até mesmo em grupo e não pensamos mas agimos, naqueles momentos em que pretendemos viver, aproveitar, sentir o prazer de algo, aí sim. Dançamos. E é dançado com a mente e com o espírito que nos elevamos acima de qualquer ser vivo. É visualizando o mundo e mundos diferentes que descobrimos a arte da mente e, através dela, abrimos portas ao conhecimento, aos conceitos inúmeros, às diferentes sensações e estados de espírito.
Somos seres belos e evoluídos. E essa arte de dançar com o pensamento permite-nos criar uma coreografia universalmente única e em constante melhoramento dentro do nosso palco mental. Palco esse que, com a idade, vai acolhendo cada vez mais público, até um dia ser o suficiente para que seja apresentada ao exterior, atingindo o seu auge. Esse palco exterior, esse espaço de grande envergadura, será o espaço que dará e transmitirá o conhecimento ao mundo da espécie, independentemente da importância desse conhecimento.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

To You, From Me

Foi hoje! Foi hoje que tive um momento de grandeza! E como sou totalmente "in" no que toca a espalhar tudo pela net, vou-me "chibar" como uma "ganda pita"! 8D
Ou talvez não, porque acho isso demasiado deprimente. --'
Meus caros, hoje soube que tenho quem me idolatre. Deveria estar feliz, mas em vez disso, questiono-me que raio vêem em mim para dizerem tal coisa.
Quer dizer, bolas! Sou o Diabo em pessoa! xD
Vá, nem tanto... Um bocadinho.
E antes de continuar com isto, tenho de referir a certas e determinadas pessoas que lêem isto que têm a mania de chamar "bonecos" aos outros, mas não olham para a treta que são. Já para não falar nos estilos manhosos que têm. A presença frequente já chateia... O pato tem-no dito.
Podemos então retomar, visto que agora é a parte em que digo que não sou assim tão má (a partir de agora... pois, o anterior não conta).
Gente, conheço muitas pessoas espalhadas por aí. Umas aqui, outras acolá. Mas são sempre eles que marcam presença.
Nuno, não tens noção do amigaço que és. Apesar de me chamares "emo" a toda a hora e "pala" (NÃO SOU EMO, CARAGO!),  és o meu perv fellow, o meu compadri da paxaxa, o meu emo lover, a minha loiraça (BIIIG LOOOL).
Margaridaa!! Meu amouri! *_*  Que faria eu sem ti, minha intervençãozinha inesperada? :P Adoro-te tanto, moça! Ai ai... Aquelas aulas com os olhos tortos. xb
Bruna... Minha revoltada mais boa. ;)  Sabes que lá no fundo, te tolero (just kidding xD). Estás presente há tanto. Espero que fiques por mais e mais, porque sem ti, não tem piada. :P
Tânia!!! A minha almazinha gémea...!! xD  Quando é que nos fazemos à stora...? XD (Entretanto, sonha-se, não é menina?)
Debby, a minha fofura! :D  Estou tão feliz por ti! (Sabes a que me refiro ;D)
Luís... Epá, estás sempre a dizer "Ganda Ashley!". Desta vez, sou eu que digo: GANDA LUÍS!! BD
Mahdi, és o cúmulo, mas se não existisses, a piada era ainda mais seca xD
Bia, compreendes-me. Mas não é como qualquer outra pessoa que me diz fazer tal coisa. Tu compreendes-me mesmo. :)
Aguiar! O Casa-De-Aluguer xD
Alvarinho. Às vezes fazes com cada observação que rir é impossível de não fazer xD
Cláudia, és a pequenina mais querida do mundo! Não resisto a coisinhas fofas *_*
Jhaynne, a minha brazuca. Opá, já te disse o quão HOT és? A sério, nem sei como ainda não tens ninguém. xD
Rute, a rapariga das parties ;)
Joana Valente, fingers up to her!
António, vai uma bifana? xD
Joana Damas!! A EX-SMART!  xD (Só a brincar) Esta rapariga é o cérebro em pessoa (científicamente impossível, mas okay...)
Ruas, olha um pato! :D
Hugo, sim... És melhor que o Luís (Psiuuu =X)
André, bacano ;)
Filipe, tens bom gosto  :P
Helena... Oh minha mamalhuda! Anda cá dar-me um beijo! xD
Sarinhaa!!! A minha afilhada +_+
Diana, Amo-te minha pequena :'$
Carol, desenhas tanto!
Prima... TU NÃO EXISTES!!!
Maninha mais fofinha do meu coração (L)
Primão! O meu Tunas :P
Pragana, a barba fica-te bem!
Farah, as saudades dos tempos... E agora lembro-me das suposições estúpidas de certas pessoas xD
João Pena, trabalho de Filosofia? =P
João Silva, o Matemático!
José, pareces ser porreiro. ^^
Eunice, foste-me muito. *
Diana, te extraño *
Fernando. Quanto a ti, não comento! xD
Mike, o meu guitarrista better than Slash BD
Rafael, só tu sabes o que me és e o que me garantes. Deste-me mais do que alguém alguma vez me poderia dar. Nada é para sempre. Mas para sempre é tudo *

Obrigada, amigões. :')

Dime Algo

Ahh, cúanto tiempo ha pasado desde la última vez que te he visto?
Echo de menos tu sonrisa, tu risa, tus momentos espontáneos...
Cúanto me haces falta. Todos los días eran felices y de bromeo.
Tengo ganas de te ver. Quiero volver a salir contigo y pasar las noches mirando por la ventana.
Si, nuestra famosa ventana!
No sé cúanto a ti, pero no he dejado de mirar la cae, los barcos flotando en el río sobre el agua, la ciudad nocturna ha que me he conectado tanto...

Ah! Mi gata te envía un "Rawwr", sea lo que sea. ^^'
Te ruego, ven conmigo a Barcelona. Ven a pasar de nuevo mirando a través de esa ventana que siempre nos hizo reír. :)

Realmente te extraño, mi gran amiga. *

PS: Tengo noticias! De baja estatura! *____*

domingo, 26 de setembro de 2010

Literatura Trajectorial - 25/09

Cruzar trajectórias num dado instante. A velocidades diferentes de vida, duas trajectórias encontram-se numa posição. Em Física, tal descrição é simples de entender. Na vida real? A situação é complexa. Muito mais complexa.
No meio real, uma vida traçada encontra, pelo menos, mais de 20 outras vidas pelo caminho no seu dia-a-dia de trabalho. A maioria nem é registada de tanto uso. Mas por vezes, uma simples linha de personalidade própria consegue captar a nossa atenção. Essa linha cruza, volta a cruzar e, em menos de nada, distorce o nosso trajecto. Essa linha, é uma linha de emoções fortes.
Não há cruzamentos a menos que os aceitemos. É uma das regras básicas do relacionamento. Ninguém é obrigado a conhecer ninguém, ou se é, não deveria. No entanto, as capas podem muito bem à primeira vista serem tão apelativas e esconder tão bem os pequenos rasgões que não querem que se veja, que nos deixamos levar. Como um livro: escolher, ler a síntese, passar à leitura extensiva e tirar conclusões críticas. A diferença entre os livros e as relações, é que estas são movidas pelo sentimento e pela expressividade. Os livros, por sua vez, movem-nos, mas transmitidos os nossos sentimentos, estes não possuem a capacidade de nos dar a moeda em troca. Os sentimentos contidos nas páginas imprimidas mantêm-se constantes.
Por tal, te digo: não sou um livro. Mas a relação que se instaurou quando cruzaste o meu caminho, manteve o meu sentimento imutável.
As duas trajectórias já se desviaram tanto do que era suposto, que o que fica é a tristeza de não poder voltar ao primeiro encontro. Desviaram-se tanto, que dúvidas assombraram, vontades reacenderam e memórias foram retiradas da terra.
A vontade é algo que nos entra no pensamento para que a queiramos, para que a persigamos, busquemos adquirir. Mas que irei eu perseguir? A linha que em primeiro se cruzou? Ou as distorções que me foi provocando? Ou talvez nem uma nem outra. Talvez deva perseguir-te. Talvez não seja pela linha nem pelo mal que me fez. Talvez seja pelo facto de simplesmente ser. Pois garanto-te, a ti mais que ninguém, que nunca irei entender.
"Os opostos atraem-se." Sempre considerei esta frase a mais falsa das falsidades. Pelos vistos, a falsa era eu. Pelos vistos, há coisas que a minha mente nunca irá entender e aceitar com um simples "é porque é e nada mais".
Tenho de o dizer. Conhecer-te revelou-te um oposto. Tudo o que tento não ser e acabo por ser contigo. Porquê? Não faço ideia. Não me revelam mais que isso.
Tantas vezes me iludiste, tantas vezes me fizeste acreditar que era apenas uma fase. Agora que aceito o presente, me dizes querer de volta o tanto que de mim não escreveste. Perante isto, e reprimindo todas as vontades e sentimentos, a única explicação que encontro é gozo. Com certeza, é gozo. Infelizmente, não sei o que é real.
Se fosses um dos meus livros, a minha leitura estaria inacabada. Tudo o que ficou por ler, tudo o que ficou por conhecer, é um desejo que prevalece. Simplesmente não o vês porque te cegas colocando páginas de uma outra história antes da nossa. Dei-te a escolher: a história recente ou a história inacabada... a que mal começou? Fizeste uma escolha. Preencheste-me com tristeza, pois de uma forma ou de outra, permaneces. Fica pois com as tuas páginas escritas e com as tantas mais que vais escrevendo. Eu escreverei as minhas com uma lágrima escondida, pois o amor não cessa mas manter-se-á de pé, defrontando as restantes páginas brancas que permanecem em branco.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Textos

Há textos e textos. Percebem?
Por um lado, temos "textos". Por outro, temos "os textos".
O primeiro conceito refere-se às inúmeras composições diárias, ora escritas por obrigação do emprego, ora por razões infinitas que nos levam a despejar letras agrupadas em definições num papel. Estes textos revelam-nos necessidades psicológicas, o dia-a-dia privado, notificações monetárias, empresariais e inclusive experimentais.
O segundo conceito diz respeito aos textos como obras poéticas, prosas reconhecidas, textos de diversas origens com um profundo emaranhado de sentimentos e pensamentos que deslocam o leitor para dentro de cada parágrafo. A cada instante de leitura, o cérebro provoca reacções que, a nível neurológico, fazem com que quem lê se sinta parte da própria acção do texto. E, seja fantasiada ou factual, a história torna-se real dentro de cada um. Esses sim, são os textos para que me viro.
Apelo à leitura. Creio que os livros se tornaram secundários em relação às novas tecnologias. No entanto, um livro pode revelar muito mais do que se espera de um computador. O tacto deixa-nos apreciar a textura do papel, a rugosidade da capa, um conjunto textual que somente quem experiencia, compreende. O prazer da leitura é algo insuperável por um elemento tecnológico. Os textos permitem-nos desenhar um mundo privado, longe das percepções dos restantes, e criar. Uma sensação incomparável.
Por isso, peço. Dediquem um pouco do vosso tempo à leitura "dos textos". Para além de um enriquecimento cultural garantido, estão a promover a leitura às gerações futuras.

Ana Melo

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Madrugada

Saíste.
A madrugada sente a falta,
o vazio de uma metade.
Sente saudade.

Ergue-se o espectro
duvidoso e arrependido,
rejeitado e dorido,
a quem a mágoa invade.

Foste.
A crença deixou de me suportar.
Vieste, tiveste e a tua escolha foi deixar
a marca de tal crueldade.

De novo o sorriso se esboçará,
viverá no seu maior esplendor,
Revelar-se-á promessas de amor.
Matará a sua infelicidade.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fuga da Tristeza

Não. Não preciso de lágrimas. Lágrimas são portas que revelam a tristeza que emana do nosso interior. Não as pretendo. Afastem-me das lágrimas!
Porquê? Porque não me deixam em paz? Que mal fiz ao mundo para me perseguirem tão fervorosamente?
Será castigo? Será erro? Será ilusão?
Mesmo que me esconda no beco mais sombrio e inabitado da Terra, elas me encontrarão. Sempre me encontram na sua busca incessante.

Tudo para me fazerem ver a realidade: o que amei nunca foi real. Mas apesar disso, o sentimento responde às lágrimas e fica para mais um dia de tristeza.

terça-feira, 15 de junho de 2010

L.A.

For one human being to love another; 
That is perhaps the most difficult of all our tasks...
The work for which all other work is but preparation.

- Rainer Maria Rilke

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pensamentos, Expressões e Saudade

Haverá forma de expressar o que vejo? O que sinto?
Se há, não sei como aplicá-la.
Os dias passam lentamente, os segundos tornam-se longos e maçudos e o clima... Quente clima... Esse reflecte todo o calor da chama que arde dentro de mim. O que será dela sem a acendalha que a faz arder?
Será cinza. O mundo multicolor e vivo torna-se cinza aos meus olhos, aos meus sentidos. Que é de mim sem ti? Um buraco negro que se auto-destrói, sugando-se intensamente e culminando num desespero.
Regressa e deixa-me viver. Deixa-me ser o ser dependente que sou. Dependente de ti. Pois a saudade já me fustigou e puniu em demasia. 


Volta Depressa *

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Realidade Alternativa

Longe,
Para lá do horizonte,
Me chamas com desespero.
A tua voz ecoa nos cantos do mundo
"Amo-te",
Inaudível aos meus ouvidos.
Para lá daquela terra,
Daquele monte,
Me esperas,
Gritando com todos os sentidos
"Não vás".
Vou.
Vou vencer e receber
Asas de ave, vontade de fera,
Atravessar a imensidão que se reflecte numa esfera,
Chegar a ti.
E quando chegar,
Relembrarei promessas e desejos,
Pequenos mimos, doces beijos,
Acordando por fim do sonho da realidade que nunca vi.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

10º CT1 - Homenagem

by: Carolina Jorge

Compreensão, Segurança. Amor, Confiança e sobretudo Amizade.
Obrigada por tudo *

segunda-feira, 7 de junho de 2010

ASCII EMO

______00000000
____000000000000
___0000000000000000
_0000_00000000000000
00000___000000000000
0000_(_c)__0000000000
000_______,___000000
000________\____000
_000____________00
__000\____-~-___/  0
___00________/
____0

Este é o resultado de uma hora a fazer... Guess What? Nada...



They won't let me turn around... 
And get one last look at my baby
While She's Still Around...           

Acho que nunca me apaixonei tanto por uma música *-*

domingo, 6 de junho de 2010

T/F

People like me are strangers to the world...
I'm a total freak, a different type of girl.
Loving you makes me a criminal? Is it a mistake?
I just don't know which of us is true or fake...


To Skins *


Quando a vontade chama do fundo do coração para que a verdade venha ao de cima e a tentamos suprimir, o cérebro toma controlo do corpo e tudo o que é subjectivo e abstracto é substituído por razões e argumentos.
Nunca sentiram necessidade de fechar o vosso cérebro, para que apenas pudessem viver o momento?
A maioria vive exactamente o oposto. Fecha o coração, pois a mente é o lar da consciência, com o medo de poderem errar ou magoarem-se.
Não. Não o vou fazer. Porque se o fizer, vou arrepender-me. Porque se não o fizer, vou arrepender-me. Mais tarde ou mais cedo, tudo tem um fim. E esse fim não terá de sofrer pelos erros cometidos ao longo da vida, apenas tem de acontecer.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

I Had To Wake Up Like This...

Better said, I had to spend my entire night looking for my sleep...
Gosh, I really hate it.



"Não chores porque acabou, sorri porque aconteceu."


Time's time.
Time's what I breathe, time's what I desire.
Time runs slowly like an eternal fire.
Time. Time's time.
Time is mine, yours and everyone else's.
Time. Oh sweet, thrilled, adventurous time.
Embrace me in your second, minute, hour.
Take your time, Time.
Time will show because time has already shown
Time's with me when I'm on my own.
Time. The one companion I can't live without.



Take me far away, where I can see the stars and die beneath them *

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Rimas Antigas I - Vácuo

Vasto branco,
vazio.
O horizonte me revela
nada.
Cada passo dado
aumenta a distância,
o ausente em cada mirada.
Claro como o dia,
no entanto, sem luz.
Nem som,
Nem vestígio da minha pegada.
Porém, existe sentimento.
A falta do que ali se manifestou.
Saudade do sonho
que um dia ali nasceu e se criou.
O sonho de uma alma apaixonada.

Débora Rosa

Cerca de 270 dias. 7 dias e já me eras muito. Não foi preciso mais.
Não sei como nem porquê, mas libertas-me de todos os meus problemas. És uma das poucas que consegue triunfar em tal feito. Quando me sinto mal, agarras-me na mão e dizes "Anima-te". Quando estou excêntrica, dizes "És mesmo tótó" no bom sentido. Quando falo sobre algo cultural, dizes "Croma" no tom mais amigo do mundo.
Sinto que não te dei a atenção que merecias. Deixei muito para trás e iludi-me com sonhos que descobri não serem reais. Mas preciso de ti. És-me muito. Uma das melhores amigas que já tive (e não te vamos comparar ao Omnipresente, sim?).
Adorei todo o tempo que passei contigo. E aprendi algo: não volto a fazer promessas inseguras. Mas farei de tudo para não te perder e à tua amizade. Estarei contigo, estejas onde estiveres. És a minha One-Fifty-Five.
Vou ter saudades tuas, Debby.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mahdius Estupidus

Moço da Himalásia, sobrevivente de combate
vindo directamente da guerra do Iraque.
Andava com os romanos do Pingo Doce na esmola,
a beber Zup com a big afro que tem na tola.
Um dia, mandaram-no a pontapé para Roma
onde um bando de romenos o meteram em coma.
O coitado do rapaz ficou sem o pau...
Operaram-no e afinfaram-lhe um grande bacalhau.
E como sorria o gajo, alegremente da mona
quando recebeu uma visita do Schumashers, jogador do Barcelona:
"Allá est grund, tu est estupidus", falou pró irmão.
"Ahah, agora goza comigo por não saber falar alemão..."
Voltou para a Margem Sul com um puto molesto,
filho da sua mãe, da qual sofria de incesto.
Sacou da carteira portuguesa para comprar umas latas
mas não tinha dinheiro, por isso pagou com natas
colhidas há séculos da árvore-nateira de pouca folha,
plantada pelo avô cangalheiro e pela velha de F.Q. zarolha.
Entretanto, leu um anúncio com uma imagem da Britney magra...
Aceitou sem pensar e agora trabalha na empresa "Viagra".
Juntou-se de novo aos romanos para ver futebol na SIC.
Uma gaja pulava, pensou "Deve ser tecknonik..."
Finalmente, foi dormir para a cave por não pagar a luz
e quando se deitou ouviu um sussurro: "Tu est meme estupidus".

sábado, 29 de maio de 2010

Não dá...!

Muito bem... Este é o limite!
Há coisas que tolero, como levar com a professora a cuspir-me em cima e a fazer barulhos estranhos, o meu SUPOSTO melhor amigo contar o que SUPOSTAMENTE seria segredo a outros, cumprir três meses de abstinência e aturar gente que se acha dona do mundo... Mas levar com aquela coisa... Aquela ÚNICA coisa... APAGUEM-ME AQUILO!
O Farmville é simplesmente IRRITANTE! Chego a casa, estão a mãe e a irmã a tratarem da quinta com um soundtrack ODIÁVEL: músiquinha triste, vaca a mugir, músiquinha triste, ovelha... BAH! Eu digo-vos. queixam-se de a violência fazer mal ao cérebro e ao crescimento dos jovens, não é? E o vício num jogo cujo o seu objectivo não tem sequer uma finalidade educativa para pessoas sem celeiro?!
Há algum ponto educacional no acto de limpar o rabo a ruminantes?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Matemático - Dedicatória do João Silva

Raiz do problema, equação impossível.
Como uma divisão desmanchas o problema,
a questão de números invencível.
A resposta está à beira dos teus dedos, Matemático.
A tua sede de sabedoria sabe-te pragmático.
Curiosidade não te é escassa
independentemente do tema.
Segues-te através de crenças,
do teu próprio lema.
O número precisa de etiqueta, educação
que apenas o Mestre pode ensinar:
curvas, cantos, símbolos...
Da tua alma sai o "criar".
Sonha alto. Mais!
Não és como os outros demais!
No teu peito se esconde a vontade,
no teu cérebro a decifração.
Não faças caso à dúvida e ignora a oposição.
Matemático, alimenta a tua personalidade.

domingo, 9 de maio de 2010

Sorriso

Linha curva da face pálida,
suave, de traço sobresaído,
pintura de arte ancestral,
textura de movimento radical.
Um risco rugoso e vívido,
avermelhado de paixão,
roxo de pressão,
azulado de solidão,
preenchimento do tecido flexível,
por onde a palavra toma a liberdade,
onde se ouve a verdade.
Esboça o desenho da felicidade
e sugere o belo à vida.

domingo, 2 de maio de 2010

Peão Que Quer

Gostava de não saber amar,
Não me preocupar,
Não esperar,
Não pensar.

Gostava de ter,
De poder,
De não sofrer,
De não morrer.

Preferia rir,
Apenas seguir,
Voar e cair,
Como a água, fluir.

Não pensar no amor,
Esquecer a dor,
Dar ao mundo cor,
Mostrar o seu esplendor.

Mas sou um peão num jogo de xadrez
Onde não existem regras nem respostas aos porquês.
Somente quadrados onde posso avançar,
Todos eles em frente, e não consigo mudar.
Esta vida está nas mãos do estratega que não tenho.
E limito-me a afirmar: cumprimentem o peão rebelde que vai tudo alterar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ser

Sou e não sou. É tão simples quanto isto.
Sou ser, sou animal, sou pessoa. Sou quem sou. Sou porque quero e porque tem de ser.
Perguntam-me: És? Sou. E tenho orgulho em ser.
Se sou, foi a vida que me levou a ser assim. E nada mais posso fazer.

Mas embora seja, também não sou.
Não sou não por querer, mas por dever. Não sou planta, não sou sociedade, não sou igual.
Assim, sou e não sou.

"Ser ou não ser?", perguntam. Eu respondo: Ser e não ser.

sábado, 10 de abril de 2010

7 de Abril

Não vês.
Não tocas.
Não sentes.
Sonhas, nada mais.
O seu nome evocas
mas em vão.
Aquilo por que anseias
é ilusão.
Tudo o que um dia fora
desapareceu.
Um ficando e esperando,
o outro ignorando.
Assim, o sentimento morreu.

Sócrates para aqui, Sócrates para ali…

Nos últimos tempos, nomeadamente desde que este homem chegou ao cargo de Primeiro-ministro, a população mais instruída tem apontado o dedo e tem feito uma infinidade de críticas devido aos “progressos” e “vitórias” que, com ele, Portugal não alcançou. Com isto quero dizer: o TGV, o novo aeroporto, o caso Freeport, as escutas, o défice. Todos eles assuntos problemáticos que criaram dúvida e suspeita de muita gente. Compreende-se agora a necessidade do povo de julgá-lo, depois de tantas desculpas dadas pelo Sr. Primeiro-ministro, desculpas essas usadas para “limpar” a sua imagem.
Apesar da sua má fama, é Homem. Ser Humano. E como se diz desde há muito, “nenhum ser é perfeito”. Baseando-nos por esta afirmação e tendo em conta os erros nomeados, como podemos nós julgá-lo? Ele não passa de mais um entre outros. Não é mais que um nem menos que outro. Cada um tem a sua forma de pensar e de avaliar uma acção. E aqui reside o problema.
O verdadeiro problema assume a forma de uma questão ética. Não devemos julgá-lo por quem é, mas por ser um ser racional com capacidade para distinguir o bem e o mal, julgá-lo pelas suas decisões seria o acertado. E fazendo-o, o Sr. Primeiro-Ministro volta a meter a “pata na poça”, recorrendo à mentira.
Não digo que faria melhor na sua posição. Com certeza o seu cargo não é equivalente a ter uma vida de estudante. Obviamente. Mas pelo que vejo entre pessoas com quem convivo diariamente, até crianças de doze anos percebem a diferença entre aldrabar e admitir um erro.
Se o Sr. Primeiro-Ministro aldraba, o país é aldrabado. Como muitos sabem, “a verdade vem sempre ao de cima” e “quanto pior a mentira, maiores os problemas”. Então imagine-se o que a mentira de um Primeiro-Ministro pode originar num país.
Como pode o Sr. viver com a consciência limpa, enquanto faz o seu trabalho de Primeiro-Ministro, sabendo que um dia será somente o Sr. José Sócrates e não terá oportunidade de se remediar?

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Esfera Gira

Água ascende e cai,
mares enchem e esvaziam,
rios correm num continuo vai
e a esfera gira.

Lava sobe e arrefece,
o solo treme uma vez por estação,
o clima altera-se e aquece
e a esfera gira.

O sangue corre velozmente,
enche-se de ar o pulmão,
comanda o corpo a mente
e a esfera gira.

A matéria é transformada,
a técnica busca a perfeição,
a evolução torna-se consagrada
e a esfera gira.

Gira, roda, avança,
desde o átomo além,
deixando o equilíbrio dessa balança
aos métodos que a ciência tem.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O Teu Refúgio

Essa lágrima que te cai do rosto,
esse sorriso abatido e ausente,
essa face rebaixada do seu posto,
essa tortura dolorosa e deprimente.

Esse passo em direcção ao abismo,
essa luz de esperança apagada,
essa percepção de realismo,
essa alma fugida e magoada.

Tudo o que é dor no teu peito
eu curarei.
Tudo o que é amor e preconceito
eu acolherei.

Quero acabar com o teu sofrimento,
livrar-te do teu veneno.
Serei o teu refúgio
que te protegerá desse Inverno.

O Passado é o Meu Fogo

Chama que arde eternamente,
alimentando o fogo continuamente,
recolhe pedaços teus para sobreviver.
Tua voz torna dor em prazer.

A palavra dita parece atenuar
o sofrimento porque tenho de passar.
Queimadura a queimadura o fogo arrasa a alma
eliminando toda a paz, serenidade e calma.

Com ardor, com pesar
tento erguer o corpo queimado,
meu coração já pulverizado.

E deixo continuar
Que me ardas com o nosso passado
pois esse foi e é o meu presente amado.