domingo, 2 de maio de 2010

Peão Que Quer

Gostava de não saber amar,
Não me preocupar,
Não esperar,
Não pensar.

Gostava de ter,
De poder,
De não sofrer,
De não morrer.

Preferia rir,
Apenas seguir,
Voar e cair,
Como a água, fluir.

Não pensar no amor,
Esquecer a dor,
Dar ao mundo cor,
Mostrar o seu esplendor.

Mas sou um peão num jogo de xadrez
Onde não existem regras nem respostas aos porquês.
Somente quadrados onde posso avançar,
Todos eles em frente, e não consigo mudar.
Esta vida está nas mãos do estratega que não tenho.
E limito-me a afirmar: cumprimentem o peão rebelde que vai tudo alterar.

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