sábado, 29 de maio de 2010

Não dá...!

Muito bem... Este é o limite!
Há coisas que tolero, como levar com a professora a cuspir-me em cima e a fazer barulhos estranhos, o meu SUPOSTO melhor amigo contar o que SUPOSTAMENTE seria segredo a outros, cumprir três meses de abstinência e aturar gente que se acha dona do mundo... Mas levar com aquela coisa... Aquela ÚNICA coisa... APAGUEM-ME AQUILO!
O Farmville é simplesmente IRRITANTE! Chego a casa, estão a mãe e a irmã a tratarem da quinta com um soundtrack ODIÁVEL: músiquinha triste, vaca a mugir, músiquinha triste, ovelha... BAH! Eu digo-vos. queixam-se de a violência fazer mal ao cérebro e ao crescimento dos jovens, não é? E o vício num jogo cujo o seu objectivo não tem sequer uma finalidade educativa para pessoas sem celeiro?!
Há algum ponto educacional no acto de limpar o rabo a ruminantes?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Matemático - Dedicatória do João Silva

Raiz do problema, equação impossível.
Como uma divisão desmanchas o problema,
a questão de números invencível.
A resposta está à beira dos teus dedos, Matemático.
A tua sede de sabedoria sabe-te pragmático.
Curiosidade não te é escassa
independentemente do tema.
Segues-te através de crenças,
do teu próprio lema.
O número precisa de etiqueta, educação
que apenas o Mestre pode ensinar:
curvas, cantos, símbolos...
Da tua alma sai o "criar".
Sonha alto. Mais!
Não és como os outros demais!
No teu peito se esconde a vontade,
no teu cérebro a decifração.
Não faças caso à dúvida e ignora a oposição.
Matemático, alimenta a tua personalidade.

domingo, 9 de maio de 2010

Sorriso

Linha curva da face pálida,
suave, de traço sobresaído,
pintura de arte ancestral,
textura de movimento radical.
Um risco rugoso e vívido,
avermelhado de paixão,
roxo de pressão,
azulado de solidão,
preenchimento do tecido flexível,
por onde a palavra toma a liberdade,
onde se ouve a verdade.
Esboça o desenho da felicidade
e sugere o belo à vida.

domingo, 2 de maio de 2010

Peão Que Quer

Gostava de não saber amar,
Não me preocupar,
Não esperar,
Não pensar.

Gostava de ter,
De poder,
De não sofrer,
De não morrer.

Preferia rir,
Apenas seguir,
Voar e cair,
Como a água, fluir.

Não pensar no amor,
Esquecer a dor,
Dar ao mundo cor,
Mostrar o seu esplendor.

Mas sou um peão num jogo de xadrez
Onde não existem regras nem respostas aos porquês.
Somente quadrados onde posso avançar,
Todos eles em frente, e não consigo mudar.
Esta vida está nas mãos do estratega que não tenho.
E limito-me a afirmar: cumprimentem o peão rebelde que vai tudo alterar.